segunda-feira, 3 de junho de 2013


Tecnologias digitais e as suas influências em termos culturais psicológicos, sociais e mesmo relacionamento interpessoal…. A visão de Sherry Turkle…




Ligados, mas sós!

A nossa realidade dos dias de hoje passa por salas de chat e comunidades virtuais…

Turkle no seu vídeo começa por fazer um breve resumo em relação à evolução das tecnologias desde dos anos noventa. A vida na internet que em muitos casos as pessoas “usam”, o que aprendem no mundo virtual, aplicam na sua vida real para viverem de uma certa forma melhor.

            Somos virtuais maníacos, hoje em dia nos países industrializados uma grande parte da população tem acesso a telemóveis e internet o que nos permite não só estarmos ligados, como também vigiados e controlados. Não querendo entrar em no sentido lato do senso comum, e muito menos crer fazer uma análise psicológica, ao ter visualizado ao discurso de Turkle, fez me pensar… quantas vezes temos uma conversa face a face de forma “pura”, falamos, está dito, já quando escrevemos ou respondemos a alguém por via mail ou por telemóvel, quantas vezes apagamos, reflectimos, corrigimos as palavras de modo a usarmos as palavras certas, as ideias que convém passar e só depois é que enviamos. Será que isto é uma conversa real ou uma conversa trabalhada, coniventemente…

A tecnologia permite que todos me possam ouvir, mas na verdade, eu não sinto, não vejo a forma como os ouvintes me ouviram e interpretaram a minha mensagem. Podemos estar a viver num mundo cheio de ligações, redes sociais, mas na verdade não estaremos sós? Não nos podemos vir a tornar pequenas ilhotas isoladas, mas que ao mesmo tempo, fazem parte de um grande arquipélago?

De acordo com Turkle (2012), os telemóveis dão nos a garantia de estarmos presentes em qualquer sítio desde que queiramos, temos a certeza que alguém daquela lista de contatos, nos vai atender e dispensar um pouco do seu tempo para falar connosco, o que nos leva a crer, que nunca estaremos sozinhos.

No nosso mundo marcado pela globalização, socialização, estar sozinho é um dilema, quantas vezes assistimos ou até mesmo, já protagonizamos este tipo de cena, estamos sozinhos num restaurante, transporte público entre outros locais e lá começamos nós a estabelecer contato com o nosso “amigo” telemóvel, para nós nos sentirmos mais acompanhados e seguros dos olhares curiosos que estão à nossa volta…

Temos de ter consciência que vivemos numa sociedade composta por pessoas, seres humanos que tem sentimentos, sonhos, medos, frustrações tal como nós, portanto chega de representar… uma sociedade perfeita seria a imperfeição do homem

Sherry Turkle (March 2012). Connected , but alone? As we expect more from technology, do we expect less from each other? In TED TALKS [19’48]. Disponível  em http://www.ted.com/talks/sherry_turkle_alone_together.html [acedido em 22/05/2013].

 

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